Bons hábitos alimentares começam na infância

por Edina A T Trovões
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Hoje amanheci saudosa, lembrando da infância, dos desfiles de 7 de setembro, do Hino Nacional cantado na escola, da alimentação caseira e rica em nutrientes preparada por nossas mães e avós. A aceitação pelos costumes da família, incluindo todos os pratos que eram servidos era natural. E hoje? Como está a alimentação das nossas crianças?

Pensando em nosso compromisso e papel na educação dos netos publicamos a matéria escrita pela nutricionista Edina A.T.Trovões. Leia, converse com seus filhos e netos. Compartilhe!!

Bons hábitos alimentares começam na infância

O que mais se ouve dos pais é a preocupação com a  educação e a formação de seus filhos, e não é para menos, é nesta fase da vida que muita coisa acontece e poderá até definir o caráter deste futuro adulto.

Cabe a escola ensinar e formar o aluno, mas é no seio da família que ele aprende sobre valores e até define alguns comportamentos.

É sobre comportamento alimentar  que gostaríamos de falar, como se cuidar e evitar ter problemas com a saúde, através da formação de bons hábitos alimentares. Sabemos que é na primeira infância que eles são construídos. Uma vez formados os hábitos, tentar  mudança de comportamento é um processo muito mais difícil e demorado.

Alimentação saudável proporciona bom desenvolvimento físico e mental, capacidade para aprender, agir, trabalhar, ter boa saúde e resistência a infecções e prevenir uma série de doenças, enquanto que alimentação excessiva e inadequada leva a inúmeras desordens.

Para se ter uma idéia desse fato, há três décadas a preocupação era a desnutrição e falta de vitaminas, hoje são as doenças como diabetes, obesidade, dislipidemia, que são doenças silenciosas, evolui lentamente, causam lesões irreversíveis, podem ser incapacitantes e levar a óbito precoce.

A criação de hábito alimentar começa na família, mas sabemos que as crianças  sofrem influencia pela mídia, elas assistem em média 40 horas semanais de televisão e este é um poderoso meio de comunicação com muita influência na formação de hábitos de consumo.

A intenção da propaganda é atingir as emoções e não o intelecto e, neste sentido, as crianças são mais vulneráveis que os adultos.

Nas propagandas há oferta de bolachas recheadas, cereais açucarados que dão energia, refrigerantes, salgadinhos, chocolates, ou seja, alimentos ricos em açúcar, gordura, sal, sem nenhuma fibra ou micronutrientes importantes.

Somados a isso, os sanduíches e os refrigerantes ganham a preferência, quando a questão é a praticidade e a rapidez.

Algumas orientações para a construção de bons hábitos alimentares:

  • Estabeleça rotina para as refeições por meio de horários definidos para cada uma, Exemplo: café da manhã: 6 horas; lanche da manhã ou merenda escolar: 10 horas; almoço 13 horas; lanche da tarde:16 horas e jantar: 19 horas.
  • Evite oferecer alimentos nos intervalos das refeições, isso pode acabar criando o péssimo hábito de “beliscar”
  • Guloseimas como doces, balas, chocolate, refrigerante, salgadinho, não devem ser proibidos até porque estimulará ainda mais o interesse da criança, e podem ser consumidos após uma refeição e em pequenas quantidades.
  • Evite ter as guloseimas acima citadas em casa, assim a criança não terá acesso imediato e evitará conflitos onde a criança quer comer e a família quer controlar o consumo, estes  poderão ser comprados quando fizerem um passeio.
  • Incentive a criança a explorar o alimento, sentindo a textura, o cheiro e depois o sabor. Em média é preciso oferecer de oito a nove vezes o mesmo alimento até ela aceitá-lo naturalmente.
  • Procure variar os alimentos e as  preparações, valorizando os vegetais e as frutas e  faça as refeições em família, mas procure comer esses alimentos, as crianças tendem a seguir e imitar o comportamento dos pais.

Edina Aparecida Tramarin Trovões

Nutricionista CRN3-1579

e-mail: [email protected]

Foto de capa: Pexels

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