Rafting – Aventura para se viver depois dos 50, 60 e mais

por Mª Aparecida Costa
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A vantagem dos presentes que você recebe fracionado, que vai chegando por partes é que se entregassem o pacote inteiro provavelmente você o devolveria ao remetente sem culpa… e perderia a chance de usufruir prazeres e descobertas.

Assim foi o presente planejado pela filhas amadas quando Sessentei. Foi entregue um envelope contendo vários corações recortados em papel vermelho e uma cartinha amorosa com a promessa de viagem para Socorro – cidadezinha no interior de São Paulo, com vistas para lindas montanhas e “algumas” atividades de lazer.

Aponte uma mãe que não se emocionaria ou que recusaria um presente desses. A viagem começou com uma seleção de músicas antigas cuidadosamente preparadas e cantarolada por elas no percurso de carro. Pela manhã a programação foi o pedalinho na Gruta do Anjo, tranquilo. Apropriado diriam alguns.

À tarde, com muita tranquilidade e exigindo pouco esforço no convencimento, concordei em embarcar na aventura do Rafting. Para mim, a preocupação começa no momento das instruções especialmente nas recomendações de como se comportar em situações de emergência. 🙁 Naquele momento começa a cair a ficha de que a aventura talvez seja “meio radical demais” e o joelho parece reclamar por antecipação dos movimentos de levanta e abaixa descritos pelo instrutor.

Talvez nesse momento você esteja pensando, se fosse eu pedia meu dinheiro de volta e ficaria sentadinha aguardando o retorno das jovens, mas pensei o contrário: desafio aceito é desafio cumprido, se estou na chuva aceito me molhar.

Decisão tomada, decisão acertada – descobri depois que nem era tão perigoso assim, que o joelho embora queixoso, aguentou bem o tranco e que a experiência ainda me permitiu:

Compreender que idade não pode ser limitante, que o desafio ativa o cérebro e que você pode embarcar em aventuras que te façam rir no presente e que podem entrar para o rol de lembranças agradáveis no futuro.

Que sentir o orgulho das filhas em viver esse momento com você,  compartilhar fotos e comentar com outros jovens alegra o coração e ainda dá aquela sensação gostosa de proximidade e cumplicidade com filhos adultos.

Perceber que superar o medo ajuda na construção diária da auto estima, especialmente para muitos de nós – geração nascida em momento histórico em que se crescia dentro de padrões muito rígidos de comportamento, de certo e errado, de pode ou  não pode.

E finalmente concluí que é falsa a idéia da sociedade que rafting foi feito apenas para jovens. É sim um esporte possível para pessoas com 50, 60, 70 e mais. Basta ter disposição e disponibilidade para enfrentar novos desafios. Eu volto e recomendo!!

Faça e depois me conte!!

Algumas fotos:

Juro que ainda estou nesse bote e que um dos capacetes semi ocultos na água é o meu 🙂

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