Como lidar com a Invisibilidade: a Fábula da Formiguinha Invisível

por Mª Aparecida Costa
publicado em: atualizado em:

Você já passou por situações em que faz um comentário em grupos presenciais, internet ou no celular e as pessoas parecem não ouvir? Você já se pegou pensando – o que aconteceu? Por que agiram dessa forma? Será que o conteúdo da minha conversa não agradou?

É natural ficar triste e frustrado, afinal, ser ignorado maltrata a autoestima de qualquer ser humano. Também é natural você questionar: será que o que eu tinha a dizer não era importante ou será que estou invisível nesse planeta?

Em situações desse tipo você pode:

Revidar a desatenção com raiva;

Fazer papel de vítima e ficar choramingando;

Queixar-se das pessoas com outras;

Ou levar no bom humor e fingir que é a Margarida.

A Margarida é uma formiguinha invisível. Nos serviços de saúde costumávamos brincar de Margarida com crianças assustadas com agulhas e é uma brincadeira muito simples:

Abra sua mão e imagine ali a Margarida, uma formiguinha invisível. Apresente-a para a criança e vá colocando-a em seu corpinho, dizendo:

– Essa é a Margarida, a formiguinha Invisível. Vou colocar ela na sua orelha… Olha como a Margarida está pedindo para passear, espera que vou tirar ela daí…

Retire a Margarida, coloque-a na mãozinha e continue a brincadeira colocando a Margarida no nariz, olhos, cabelos, na sua própria mão…

Nesse mundo de fantasias as crianças entram com facilidade e doçura , encarando com maior bravura o desafio a ser enfrentado…

O sentimento de invisibilidade acontece em todas as faixas etárias, porém em nossa cultura, fica mais acentuado na realidade das pessoas mais velhas. Por essa razão, depois dos 50, nos momentos em que percebo que meus assuntos ficam no ar lembro da fábula da Formiga Margarida. Prefiro pensar como as crianças – imagino que estou disfarçada de Margarida que apesar de invisível é engraçada, inteligente e sabe se colocar em qualquer lugar.

Se isso também já aconteceu com você e como na vida tudo tem dois lados é prudente avaliar se, como eu, entra inadvertidamente no meio da conversa dos outros. É saudável segurar um pouco a ansiedade e esperar o momento certo para introduzir seu assunto.

Mas também é saudável entender que se as pessoas terminam aquele ponto da conversa, ignorando sua aproximação e também não se desculpam pela desatenção a indelicadeza está no outro.

E se com o mesmo grupo de pessoas a situação persiste –  Poupe-se!! Melhor buscar conversa em outro “formigueiro”! Há pessoas com maior afinidade com você e com disponibilidade para ouvir e interagir. Com essas pessoas você terá espaço para se expressar do jeito que é e dizer exatamente aquilo que pensa. 🙂

Por Maria Aparecida Costa

Talvez você também goste...

3 comentários

Avatar
Tânia Regina Felipe Dionisio 12.nov.2016 - 22:53

Que bom que alguém trouxe este assunto à tona, adorei a sugestão de procurar outro formigueiro, rsrs! C
om certeza as afinidades são dinâmicas, mudam a cada momento e cabe a nós detectá-las e passar a régua, fechar a conta e ir cantar em outra freguesia, mais tarde, quem sabe podemos voltar a ser ouvidos!

Responder
Avatar
Lorrany 10.nov.2018 - 03:10

AMEI ESSE TEXTO. Delicado e gracioso, tratando de um assunto muito pertinente.

Responder
Mª Aparecida Costa
Mª Aparecida Costa 10.nov.2018 - 06:49

Me sinto assim muitas vezes, mas agora sei que o problema não é comigo. Obrigada pelo comentário. Volte mais vezes ao blog. Abração

Responder

Deixe uma resposta