Envelhecimento: O que se ganha? O que se perde?

por Mª Aparecida Costa

Olhar a foto de capa desse post é como abrir um túnel no tempo e rever a trajetória  que construímos na vida. A foto produz o mesmo efeito em você?

Ao longo da vida muitas situações e momentos bons aconteceram 🙂 Também tivemos desafios e aprendizados 🙁

E nesse tempo o que perdemos? O que ganhamos?

Esse é um papo sério que não estamos acostumados a ouvir. E ao nos fazermos essa pergunta, provavelmente virá à nossa mente comentários em tons de chacota sobre o processo de envelhecimento. Normalmente o que se ouve são piadas depreciativas que apenas fomentam o preconceito contra o idoso.

O processo de envelhecimento do corpo biológico começa ainda na juventude. Faz parte do processo natural da vida e ao longo do tempo algumas perdas vão se acumulando, como perda da elasticidade, hidratação, flexibilidade,  defesas naturais do organismo, entre outras. Entre as perdas, as visuais são ainda mais difíceis de encarar – perda do brilho e rigidez da pele, da cor natural do cabelo… Vivemos em uma sociedade onde a rigidez no padrão de beleza não aponta para pessoas mais velhas.

No campo das relações familiares e no meio social em que vivemos também temos perdas – nossa cultura não valoriza o idoso, nem seus conhecimentos ou sua experiência de vida. Ser jovem é visto (comumente) como sinônimo de inteligência, agilidade, beleza e produtividade. Como participar de maneira mais ativa nesse mundo?

A expectativa de vida vem aumentando nos últimos anos e a população com mais de 60 anos tende a crescer no Brasil e no mundo. Naturalmente há que se pensar em políticas públicas para essa população e nós precisamos incorporar atitudes preventivas e de auto cuidado para minimizar os efeitos biológicos e sociais do envelhecimento.

Mas e os ganhos ? 

O que você acredita ter ganho com o passar dos anos? Essa é uma pergunta cujas respostas serão muito pessoais, mas podemos apostar que entre elas encontraremos: auto conhecimento, maturidade, coragem, sabedoria, serenidade e disponibilidade de tempo.

Embora pareça menor, a relação de ganhos pode ser o contraponto para mudanças. Mudanças internas no sentido de encarar de forma positiva a vida e as consequências de estar vivo e poder contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

Compreender que o maior ganho é o direito de buscar melhor qualidade de vida depois dos 50, 60, 70 e mais!

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1 comentário

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lucia de Araújo Vieira Hart 19.mar.2015 - 16:12

Concordo plenamente com a autora.
A vida é aquilo que você faz dela. Somos valorizados à medida que nos valorizarmos, e valorizarmos o outro.

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